Afinal, parece que vai sobrar dinheiro este ano nos cofres do estado e que o imposto extraordinário sobre o subsídio de natal era completamente escusado. Em vez de devolver esse dinheiro a quem de forma extraordinária ficou sem ele, “o governo” tenciona injectar esse dinheiro na economia portuguesa pagando com esse dinheiro as dividas que tem a muitas empresas, para que estas possam pagar com ele as dívidas que tem à banca, que por certo vai encaminhar esse dinheiro (que inicialmente pertencia aos trabalhadores bancários que o descontaram dos seus ordenados para um fundo de
pensões próprio) para os mercados financeiros onde por norma se vão endividar para satisfazer as necessidades de crédito das empresas …….. (Confuso? Eu também estou.)
No final o dinheiro que pertencia às famílias, serviu para pagar as dívidas do estado, das empresas, dos bancos e as famílias vão continuar endividadas e a pagar as dívidas dos outros. Se querem injectar dinheiro na economia devolvam às famílias o dinheiro que tem a mais para que estas possam pagar as dívidas que também têm em excesso.
O dinheiro tem que ser posto ao serviço das pessoas, ainda mais quando ele pertence às pessoas.
-Sr. Primeiro Ministro devolva-me metade do meu Natal ...... já !!
Agora que foi aprovado o orçamento de estado de 2011, será que alguém ainda se lembra da saga que foi a aprovação do orçamento de 2010?
As negociações e assinatura final,foram fotografadas no telemóvel de Catroga para registar a hora do acordo. Dessas negociações resultaram toda uma lista de imposições e cortes nas intenções da receita do governo de então e que deixaram no orçamento, um buraco inicial de 500 milhões de euros e mais uma dor de cabeça adicional ao ministro das finanças de então.
Será que ainda alguém se lembrada argumentação de Passos Coelho, das respostas de José Sócrates e das linhas actuação que traçava para o futuro e do incómodo de Teixeira dos Santos em aceitar aquele acordo?
Saudades desse tempo ………. De taxas de juro ainda a 6,5%, de esperança num futuro que parecia menos negro, porque apesar de tudo parecia haver um rumo a seguir e uma luz a indicara saída.
Nada como o tempo e a memoria para clarificar as coisas e fazer o julgamento da razão.
Já lhes tiraram o emprego, o abono de família, o poder de compra, metade do subsídio de natal e a ajuda do crédito que deixou de existir. Já lhes roubaram o fundo de desemprego, as casas e os carros e destruíram quase todas as ajudas sociais. Tiraram a esta gente, quase tudo e agora preparam-se para lhes retirar aquilo que lhes resta: a dignidade
Tratam as pessoas em dificuldades financeiras como se fossem indigentes portugueses de segunda, fazendo jus ao ditado popular mais desprezível: Para quem é bacalhau basta!
Como se pode aceitar que se tire as cantinas que servem as refeições aos portugueses carenciados da orbita de inspecção da ASAE?
Como se pode aceitar que contrariamente à lei que determina a recolha dos medicamentos seis meses antes de prescrever a validade estes sejam considerados válidos para quem é mais pobre?
Como se pode aceitar que a ajuda seja determinada por instituições onde a transparência das escolhas é na maioria das vezes obscura e onde imperam critérios completamente subjectivos. Os portugueses tem a nível local uma pessoa por eles eleita, que em proximidade e com conhecimento pessoas na maioria dos casos os representa e que deve assumir o papel de liderança em todos os casos de ajuda: o presidente da Junta de Freguesia.
Este plano replica muitas medidas já em funcionamento e que ainda á pouco tempo eram consideradas ajudas a preguiçosos ….Viva o populismo sem vergonha!
Ministra, é perigoso contemplá-la
Quando passa aromática e formal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,
Com seus gestos invisíveis de metal.
Sem que nisso a desgoste ou desenfade,
Quantas vezes, seguindo-lhes as passadas,
Eu vejo-a, com real solenidade,
Ir tirando as gravatas apertadas!…
Em si tudo me atrai como um tesoiro:
O seu ar pensativo e senhoril,
A sua determinação de bom caloiro
E no Facebook, o que escreve no perfil!
Ah! Como me estonteia e me fascina…
E é, na graça distinta do seu porte,
parlamentar, supérflua e feminina,
E governante dinâmica como a Morte!…
Eu ontem encontrei-a, quando vinha,
Lá do Caldas e fazendo-me assombrar;
Grande dama que o Portas deixou sozinha,
E que tem barcos de pesca no andar!
O seu olhar possui, num jogo ardente,
Umas cristas de demónio a iluminá-lo;
Com indiferença, olha o ambiente,
Desordenado o território é um regalo!
Pois bem. Conserve o sorriso por esposo,
E mostre, se eu lhe untar as brancas mãos,
O modo diplomático e guloso
Que o Paulo vai mostrando aos cortesãos.
E enfim prossiga altiva como a chama,
Com sorrisos, enigmática e pedante;
Que eu procurarei manter fora da lama
Seu ermo coração, de governante.
Mas cuidado, ministra, não se afoite,
Nem confie nos amigos mais leais;
Que os agricultores desiludidos, pela noite,
Para a vingança já aguçam os punhais.
E um dia, ó flor do populismo, nas estradas,
Sob o cetim do Azul e das setinhas,
Eu hei-de ver sair, alucinadas,
E tirando fotocópias - as rainhas!
Adaptado do original de Cesário Verde .....Deslumbramentos
Sei um ninho
Sei um ninho.
Miguel Torga (Manuel Santos)
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Através de um aumento do horário de trabalho de 40 para 45 horas semanais pode-se também desvalorizar o preço do trabalho e aumentar a competitividade e a produtividade das empresas em cerca de 12%. Esta opção tem a vantagem de não ter necessidade de nenhum aumento de impostos compensatório (aumentar o IVA 2% significa para uma família média com um rendimento médio anual de 21000€ um gasto extra anual de 420€), de não afectar o poder de compra de ninguém e por isso não arrefecer a economia, alem de não meter directamente no bolso dos empresários incompetentes um bónus em dinheiro vivo que provavelmente irá parar sem demora ao offshore mais próximo. Em vez disso, um aumento do tempo de trabalho vai ter um benefício real para as empresas e para os empresários empenhados e competentes, que para terem direito a essa vantagem. terão que escoar a produção excedentária proveniente desse tempo extra, tendo com isso maiores lucros e pagando também mais impostos.
Eu por mim escolho trabalhar mais uma hora diária e passar dessa maneira para os agiotas que nos emprestam dinheiro uma imagem de determinação e de coragem. E em troca desse esforço deixar a salvo o meu rendimento anual.
Porque será que não oiço ninguém com responsabilidades politicas propor nada semelhante a Isto ???
Na penúltima jornada do campeonato o Braga e o Porto empataram e o Sporting perdeu mais uma vez e caiu para o quarto lugar….Apesar disso não interessar já nada para mim, que sou benfiquista estou contente com a vitória em Vila do Conde e não consigo nem preciso sorrir com as alegrias ou com as tristezas dos outros.
Não há congresso ou festança
Onde não esteja a Constança
Nasce o dia, põe-se o sol
E a Constança sentada,
Manda às urtigas as rosas,
Saliva, descontrolada
Depois de cada orador
Tem que dizer duas tretas,
Sem despir a camisola
Lá vai cravando umas setas.
Num perfeito desatino
Diz a Constança o que quer
Fala de tudo, sem tino,
Ninguém cala esta mulher
Quase tudo terminado
E ela, ainda se agita...
Sentada, olha de lado,
Cerra os dentes, tosse, grita.
Sem comentar, argumenta
Sem ideias, sem magia
Os congressistas desistem,
Com ela deixam a azia
Dizer mal da vizinhança
É a profissão da Constança.
De viagem à Hungria, Cavaco (fala da situação politica portuguesa) pede à Europa uma solução com imaginação para Portugal. A resposta do comissário europeu da Economia Olli Rehn foi contundente: "Já mostrámos muita imaginação e, principalmente, responsabilidade no que respeita à forma como ultrapassar as dificuldades de Portugal".
Ao falar em "responsabilidade" o comissário colocou a questão no ponto certo. Foi muito por falta de responsabilidade e por omissão do dever de mediação em situações de crise, que assiste a quem quer ser presidente de todos os portugueses, que a crise politica se instalou e deitou por terra definitivamente todos os esforços do Governo e da Comissão Europeia que nunca entenderam como foi possível tanto silencio e tanta irresponsabilidade na reprovação do PEC e na abertura de uma crise politica.
Ao atribuir as culpas da crise da divida portuguesa ao Rato Mickey, Luís Felipe Menezes esqueceu-se de juntar ao rato o amigo Pacheco Pereira.
Hoje, se a bandeira de Portugal tivesse três setas viradas ao alto elas hoje estariam de certeza viradas para o chão, em sinal de impotência de vergonha e de desrespeito pelo interesse nacional.